BLOGGER TEMPLATES AND TWITTER BACKGROUNDS

quinta-feira, 18 de novembro de 2010

Cafeteria

Algo que ela jamais esquecerá é de dele sentado ao lado dela com o braço esticado sobre o banco logo nas suas costas com uma intenção desconhecida, ou sem nenhuma talvez. Ela sentada bem ao canto ao lado da parede na mesa que ele escolheu. Ele, bem ao lado dela. Decidem comer algo. Vão juntos à fila. Ele vai comportadamente, ela, como sempre, toda espalhafatosa, mas ele gosta assim. Pedem. Esperam. Ela pega um copo de refrigerante. Coca-cola, como sempre. Estabanada, a derruba. Ele ri, ela também. Voltam aos seus lugares. Novamente. Ela ao canto e ele ao lado dela. Ela bebe e ele come. Ele comportado, ela derrubando as coisas. Ele a olha e ela não percebe. Ele termina a comida. Ela, suja de molho, continua comendo. Ela olha pra ele envergonhada. Ele sorri, não mostra os dentes, sorriso simples. Mais agradável impossível. Ele fala. Ela escuta. Gosta do que escuta. Não quer que ele pare de falar. Gosta da sua voz alegre e cativante. Ele, parece que gosta de conversar com ela. Às vezes, ele sorri pra ela, ou dela. Ela, sorri sempre envergonhadamente. Ela levanta. Ele vai ao canto, próximo a parede. Ela volta. Senta ao lado dele. Bem ao lado dele. Eles conversam, sorriem e riem. Se abraçam. Ela sente seu aroma diferente de tudo. Como sempre, ele é único. Ela, sente-se bem ali, aos braços dele. Gosta de saber que pode contar com ele pra tudo. Queria que aquele momento não acabasse jamais. Mas, ela deve ir. Já está tarde. Antes de ir, eles fazem planos. Loft, cafeteria. Algo de interesse em comum. Provavelmente, não vá da certo. Levantam-se. Ele irá levá-la pra casa. Ela se anima com a ideia de poder passar mais tempo com ele. Rua. Caminham. Conversam. Caminham um pouco mais. Sol, muito sol. Chegam ao destino. Um prédio, sete ou oito andares. Despedida. Apertada. Doída. Sofrida. Ela angustiada. Ele sem saber o que fazer. Segura-se em seu próprio estômago. Abraçam-se. Dói mais. Por que não ter mais tempo, por quê? Sorrisos. Mais um abraço. Ele se afasta. Ela corre até ele. Ela não quer soltá-lo. Nem ele. Mas já chegou a hora. Ele a leva até o portão novamente. Dor, dor, dor! Adeus Porto Alegre.

Nenhum comentário:

Postar um comentário